O
Twitter concordou com uma série de condições para encerrar uma proibição de
sete meses na Nigéria, no que parece ser uma grande vitória para o governo do
presidente Muhammadu Buhari em seus esforços para regular a internet, dizem
alguns analistas.
A
Nigéria - o país mais populoso da África - agora se junta a países como Índia,
Indonésia e Turquia, que regulam rigidamente as empresas de mídia social. Isso
é algo que outros governos africanos provavelmente tomarão nota, enquanto
tentam impedir o uso das mídias sociais para mobilizar grupos de oposição.
Algumas
das condições aceitas pelo Twitter levantaram preocupações sobre suas futuras
operações na Nigéria.
"É
definitivamente preocupante que o Twitter tenha capitulado a um acordo que
permitiria à Nigéria pressioná-lo a tomar decisões que de outra forma não
tomaria", disse David Greene, diretor da ONG norte-americana Electronic
Frontier Foundation (EFF), à BBC.
Ele
disse que o Twitter deveria ter concordado em obedecer às leis locais apenas se
eles defendessem os direitos humanos. O acordo deu ao governo a vantagem de impor
ordens de retirada e demandas de dados contra a empresa, acrescentou Greene.
A
reviravolta após o desprezo da Nigéria
Grupos
de direitos humanos dizem que o governo do presidente Buhari tem um histórico
de abuso do estado de direito e da liberdade de expressão, com vários
jornalistas e ativistas presos por criticar o governo.
Agora, há preocupações de que haverá um aumento na repressão aos usuários de mídia social e mais tweets serão sinalizados e retirados pelo Twitter.
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