Tinha 78 anos. Em setembro,
declarou-se culpado de matar a sua amiga Susan Berman.
O milionário assassino
Robert Durst morreu na prisão aos 78 anos, de acordo com o seu advogado.
Durst morreu numa prisão da
Califórnia, depois de se ter declarado culpado, em setembro de 2021, de matar a
sua amiga Susan Berman.
O milionário terá assassinado
a vítima para impedi-la de falar com a polícia sobre o desaparecimento da sua
esposa.
A
polícia acredita, na verdade, que Durst tenha matado outras duas pessoas.
O herdeiro imobiliário dos
Estados Unidos, que se tornou fugitivo, acabou por confessar os crimes
involuntariamente, num documentário sobre crimes da HBO.
O advogado de Durst, Chip
Lewis, confirma que o cliente morreu no Hospital de San Joaquin, por “causas
naturais”, visto que sofria de vários problemas médicos, enquanto estava sob
custódia do Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia.
Prisão perpétua por crime em
2000
Robert Durst foi condenado a
prisão perpétua em outubro pelo assassinato de Susan Berman, em 2000, sua
confidente e porta-voz de longa data.
O julgamento foi adiado por
mais de um ano devido à pandemia de covid-19, e, dois dias após a sentença,
terá sido internado no hospital com covid-19.
A confissão de Durst
O milionário, cuja família
possui uma série de arranha-céus de Nova Iorque, incluindo um investimento no
World Trade Center, foi investigado depois de uma gravação numa série de 2015
da HBO, “The Jinx”.
“Que
diabos fiz eu? Matei todos, é claro”, ouvir-se-ia na gravação.
Apanhado, no passado, por
roubar uma sandes
Durst terá, igualmente,
assassinado Morris Black, enquanto vivia como fugitivo no Texas, nove meses
depois de matar Berman.
Apesas de alegar ter
disparado sobre Black acidentalmente, acabou por desmembrar o corpo da vítima e
despejar os restos mortais na baía de Galveston.
Após 45 dias a ser
procurado, acabou preso por roubar uma sandes de frango de uma mercearia na
Pensilvânia, tendo sido encontrado com milhares de dólares em numerário, um
carro alugado, marijuana e a carta de condução de Black.
Durst terá alegado legítima
defesa em sede de julgamento, em 2003, tendo sido absolvido depois de
argumentar que fugiu pois achava que a sua história não seria encarada de forma
séria.
Suspeito
de matar a própria mulher
O milionário também é
suspeito da morte da sua esposa Kathie Durst, em 1982, cujo corpo nunca foi
encontrado, tendo sido legalmente declarada morta em 2017.
Acabaria
formalmente indiciado pelo assassinato em novembro de 2021:
“Depois de 40 anos à procura
de justiça pela sua morte, sei como esta notícia deve ser perturbadora para a
família de Kathleen Durst”, diz a advogada Miriam Rocah, em comunicado na
segunda-feira.
Rocah acrescenta que mais informações sobre o caso de Kathie Durst serão divulgadas ao público nos próximos dias.
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