O
secretário-geral do PS afirma esta terça-feira que o BE abriu a atual crise
política por cansaço da “Geringonça” e por querer ser partido de protesto,
enquanto a coordenadora bloquista acusa os socialistas de intransigência
negocial nesta legislatura.
António Costa
e Catarina Martins travaram esta noite um debate cerrado e que foi centrado na
questão sobre quem foi responsável pela atual crise política provocada pelo
chumbo do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade, que levou a eleições
legislativas antecipadas.
Ao longo de
26 minutos de frente-a-frente, estiveram em discussão as políticas de saúde, de
trabalho e de Segurança Social, precisamente os temas que estiveram na origem
do desentendimento entre Governo do PS e do Bloco de Esquerda no Orçamento
deste ano.
O
secretário-geral do PS acusa o Bloco de Esquerda de irresponsabilidade ao abrir
uma crise política, diz que a direção deste partido decidiu “romper” com a
solução política da “Geringonça” precisamente no “pico da pandemia, quando
ainda não havia vacinas contra a covid-19.
Termina a sua
série de ataques citando uma parte do programa do BE em que se prevê a reversão
das privatizações de empresas como a EDP, CTT, REN ou GALP, o que, alega,
“agravaria a dívida pública” portuguesa em 14,5%.
Pelo
contrário, Catarina Martins defende que houve uma mudança de comportamento do
PS na legislatura que agora termina e que se verificou nos dois últimos anos
“intransigência” negocial por parte do Governo socialista.
Catarina Martins procurou colocar em contraste a política do atual Governo e a do fundador do PS António Arnaut no plano da saúde, critica o executivo por manter legislação laboral do tempo da “troika” e considera que essa atuação se deve ao objetivo do PS de chegar à maioria absoluta a 30 de janeiro, o que afirma que não irá acontecer.
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